Conheça as 5 etapas
pré-estabelecidas
A alimentação é determinante para a ocorrência de disbiose intestinal, com destaque especial para o consumo excessivo de proteína animal, consumo insuficiente de fibras alimentares e ingestão de uma dieta rica em gorduras, especialmente ácidos graxos saturados e trans. De forma contrária, estudos mostram que a ingestão de uma dieta saudável, rica em alimentos de origem vegetal e, por consequência, em polifenóis e fibras alimentares, especialmente fibras prebióticas, modula favoravelmente a microbiota intestinal. Conforme mencionado anteriormente, alterações no padrão alimentar são capazes de gerar mudanças significativas no equilíbrio microbiano em apenas um dia.
Assim, a nutrição pode ser uma importante aliada na modulação de uma microbiota intestinal saudável, reduzindo o risco de desenvolvimento de diversas doenças.
Desta forma, estratégias nutricionais integradas são úteis para recuperação do funcionamento e equilíbrio microbiano intestinal.
O programa 5R (remover, recolocar, reparar, reinocular e aliviar – do inglês relieve) sumariza as interconexões bioquímicas e fisiológicas associadas ao trato gastrintestinal por meio de cinco ações principais, descritas a seguir.
Saiba como o protocolo ajudará
a mudar a vida do seu paciente.
Definição de Protocolo 5R
O Protocolo é dividido em 5 etapas, mas deve ser personalizado de acordo com cada paciente. Vamos conhecer o que é cada uma delas.
01
REMOÇÃO
O primeiro R, da remoção, propõe a exclusão das substâncias alergênicas e potencialmente inflamatórias para o intestino, tais como aditivos químicos em excesso e proteínas alergênicas. Entretanto, o profissional deve considerar que só excluir não é uma estratégia eficiente, visto que a dieta pode ficar muito restritiva, gerar deficiências nutricionais e reduzir a aderência do paciente. Desta forma, ele precisa entender o que tirar da dieta e como substituir esses alimentos pensando nas características nutricionais.
02
RECOLOCAÇÃO
REPARO
03
O segundo R aborda a importância de recolocar enzimas para melhorar a função digestiva. Mas é importante considerar quais enzimas precisam ser repostas ao mesmo tempo em que se identifica os fatores que podem estar prejudicando o processo digestivo (como o uso de medicamentos e deficiências nutricionais, por exemplo). O profissional também precisa considerar quais os fatores que precisam ser modulados para que o tratamento seja efetivo.
O terceiro R aborda o processo de reparo da mucosa intestinal – e aqui é essencial que o profissional tenha capacidade para identificar quais fatores da dieta podem ser grandes disruptores da estabilidade da mucosa. Além disso, existem diferentes estratégias que podem atuar no processo de recuperação da mucosa – e o profissional precisa conhecer cada uma para fazer uma prescrição individualizada e assertiva.
04
REINOCULAÇÃO
O quarto R, fala da importância do Reinocular a microbiota tanto por meio do uso de probióticos como pela oferta de prebióticos, com o objetivo de estimular o crescimento e proliferação da microbiota nativa. Mas aqui é essencial a percepção de que não é todo o probiótico que funciona e nem mesmo todo paciente que responde positivamente a essa estratégia – o profissional precisa entender que o intestino deve ser preparado para receber essa suplementação. Caso contrário o paciente pode responder negativamente a essa estratégia e apresentar sintomas que podem resultar no abandono do tratamento.
É essencial que o profissional entenda a importância da personalização da suplementação. O mesmo vale para prebióticos – muitos pacientes podem apresentar sintomas importantes com o uso de prebióticos, que impactam de maneira significativa a qualidade de vida. Novamente, é essencial adotar critérios rígidos para selecionar qual paciente vai receber esse suplemento e em que momento.
REEQUILIBRAR
05
Por fim o quinto R fala sobre "Reequilibrar" . Para melhora da saúde intestinal é preciso reequilibrar os fatores de estilo de vida, incluindo a dieta que deve propor estratégias para aliviar os sintomas gastrintestinais e corrigir a disbiose. Ainda, vários fatores do estilo de vida podem impactar a saúde intestinal como o estresse e sedentarismo.
Desta forma, todas as estratégias devem estar associadas com intervenções dietéticas individualizadas que busquem tratar os sintomas mais agudos com o objetivo de melhorar a aderência do paciente à dieta.