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A importância das fibras para a saúde intestinal

Atualizado: 17 de jun. de 2021

As fibras alimentares são carboidratos não digeríveis pelas enzimas digestivas do trato gastrointestinal humano. Alguns tipos de fibras podem ser fermentados pelas bactérias intestinais, e por isso têm a capacidade de alterar a composição do microbioma intestinal, o que pode influenciar no metabolismo do hospedeiro.

As fibras solúveis em água são fermentadas pela microbiota e geram ácidos graxos de cadeia curta (AGCC - , acetato, propianato e butirato), que são utilizados como energia pelos enterócitos, contribuindo para a recuperação ou a manutenção da integridade da barreira intestinal.

Além disso, o consumo de alimentos com maior teor de fibras é capaz de reduzir a quantidade de bactérias pró-inflamatórias e aumentar a quantidade de bactérias do filo Firmicutes, produtoras de AGCC. Em indivíduos obesos que apresentam esteatose não alcoólica ou diabetes tipo 2, o consumo de fibras fornece substrato energético para as bactérias benéficas se multiplicarem, tornando o ambiente impróprio para o crescimento de microrganismos patogênicos.

De maneira geral, consumo de fibras tem a capacidade de reduzir a quantidade de microrganismos pro-inflamatórios e aumentar a quantidade de microrganismos capazes de beneficiar o hospedeiro, melhorando a saúde intestinal. A ingestão adequada de fibras varia entre 30 e 38 gramas por dia para homens e entre 21 e 25 gramas para mulheres. No Brasil, o Ministério da Saúde adota uma recomendação ligeiramente menor, de 12,5g a cada 1000 Kcal.

MYHRSTAD, M.; et. al. Dietary Fiber, Gut Microbiota, and Metabolic Regulation-Current Status in Human Randomized Trials. Nutrients.2020, 12(3), 859. https://doi.org/10.3390/nu12030859




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