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Dieta low FODMAP e desconfortos gastrointestinais: veja a relação

Foto do escritor: EquipeEquipe

Atualizado: 14 de out. de 2021


A restrição do consumo de alimentos contendo polióis, oligossacarídeos, dissacarídeos e monossacarídeos fermentáveis é conhecida como dieta Low FODMAP - sigla que significa: Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides and Polyols. Essa estratégia pode ser indicada para o manejo de alguns sintomas gastrointestinais. Entretanto, o acompanhamento nutricional é necessário para garantir o consumo adequado de nutrientes.

Os FODMAP possuem alta osmolaridade e são rapidamente fermentados pela microbiota intestinal. Os gases sintetizados durante essa fermentação e o aumento do volume de água na luz do intestino, provocada pela osmolaridade desses carboidratos, desencadeiam desconforto abdominal em alguns indivíduos.

A dieta Low FODMAP é capaz de melhorar a consistência das fezes, minimizar ou até mesmo eliminar dor e distensão abdominal, náuseas, flatulências, esforço para evacuar, sensação de esvaziamento incompleto após a evacuação e urgência para evacuar. A melhora desses sintomas está relacionada à redução da quantidade de gases e do volume de água no intestino.

São ricos em FODMAP: melancia, pêssego, manga, maçã, pera, abacate, amora, beterraba, couve-flor, milho, quiabo, feijão, ervilha, grão-de-bico, soja, farinha de trigo, carnes processadas e edulcorantes (xilitol, eritritol, manitol, sorbitol). São considerados pobres em FODMAP morango, mamão, kiwi, abacaxi, cenoura e batata-inglesa. Apesar de haver listas relacionando esses tipos de alimentos, a dieta do paciente deve ser feita de maneira individualizada, a partir da observação de sintomas apresentados após o consumo de determinado alimento.

Retirar da dieta alimentos que podem gerar desconforto intestinal é necessário para permitir que o intestino restaure a capacidade de digerir adequadamente os alimentos. Por isso, essa é a primeira etapa do Protocolo 5R. Essa exclusão contribui não apenas para a redução de sintomas gastrointestinais, mas também melhora a capacidade de digerir e absorver adequadamente os nutrientes ingeridos.

Considerando que esse tipo de dieta impõe diversas restrições, é necessário um acompanhamento nutricional para garantir o aporte adequado de energia e nutrientes. Ademais, o ideal é que essa estratégia seja utilizada por determinado período (entre 4 e 6 semanas), e os alimentos excluídos devem ser reintroduzidos aos poucos, de acordo com a tolerância do paciente.



Zhan, Y. L.; Zhan, Y. A.; Dai, S. X. Is a low FODMAP diet beneficial for patients with inflammatory bowel disease? A meta-analysis and systematic review. Clin Nutr. 2018 Feb;37(1):123-129.


Marsh, A.; Eslick, E. M.; Eslick, G. D. Does a diet low in FODMAPs reduce symptoms associated with functional gastrointestinal disorders? A comprehensive systematic review and meta-analysis. Eur J Nutr. 2016 Apr;55(3):897-906.

 
 
 

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