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Melatonina atua no combate ao estresse oxidativo?

Melatonina: um aliado no combate ao estresse oxidativo




O estresse oxidativo é um processo biológico que ocorre no organismo como resultado do desequilíbrio entre a produção de radicais livres e a capacidade antioxidante do corpo. Esse desequilíbrio pode levar a danos celulares e contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e envelhecimento precoce. Nesse contexto, os antioxidantes desempenham um papel crucial, ajudando a combater o estresse oxidativo e proteger as células do corpo. Um antioxidante naturalmente produzido pelo corpo e também disponível como suplemento é a melatonina. Hoje, exploraremos o que é a melatonina, como ela age no corpo, como adequar os níveis ótimos e sua relação com o estresse oxidativo.


O que são antioxidantes e sua importância:

Antioxidantes são substâncias que têm a capacidade de neutralizar os radicais livres, moléculas altamente reativas e instáveis que podem causar danos às células. Esses radicais livres são produzidos como subprodutos normais do metabolismo celular, mas também são gerados em resposta a fatores externos, como a exposição a poluentes, radiação ultravioleta e estresse. Quando o equilíbrio entre radicais livres e antioxidantes é prejudicado, ocorre o estresse oxidativo. Para combater esse desequilíbrio, é essencial consumir alimentos ricos em antioxidantes e garantir uma produção adequada dessas substâncias pelo organismo (Silva et al., 2020).


O papel da melatonina no organismo:

A melatonina é um hormônio produzido naturalmente pela glândula pineal, localizada no cérebro. Sua produção é influenciada pela escuridão, sendo liberada principalmente durante a noite para regular o ritmo circadiano, o ciclo sono-vigília do corpo. Além disso, a melatonina possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que podem ajudar a proteger as células contra o estresse oxidativo (Reiter et al., 2016).


Ação da melatonina no combate ao estresse oxidativo:

A melatonina atua como um potente antioxidante, neutralizando os radicais livres e protegendo as células do estresse oxidativo. Ela tem a capacidade de atravessar facilmente as membranas celulares e localizar-se em várias estruturas celulares, incluindo o núcleo, mitocôndrias e lisossomos. Além disso, a melatonina estimula a atividade de enzimas antioxidantes endógenas, como a superóxido dismutase e a glutationa peroxidase, aumentando a capacidade antioxidante do organismo (Tan et al., 2020).


Adequação dos níveis ótimos de melatonina:

Para garantir níveis ótimos de melatonina no organismo, é fundamental adotar hábitos saudáveis de sono. A exposição à luz intensa durante a noite pode inibir a produção de melatonina, portanto, é recomendado evitar a exposição a dispositivos eletrônicos, como smartphones e tablets antes de dormir. Além disso, estabelecer uma rotina de sono regular, manter um ambiente propício para o descanso e reduzir o consumo de cafeína e estimulantes, também podem ajudar a promover a produção adequada de melatonina (Rahman et al., 2021).


Relação entre melatonina e estresse oxidativo:

Estudos científicos têm demonstrado que a melatonina desempenha um papel importante na proteção contra o estresse oxidativo, em diferentes sistemas biológicos. Ela pode reduzir a produção de espécies reativas de oxigênio, aumentar a atividade de enzimas antioxidantes e modular a expressão de genes envolvidos na resposta antioxidante. Além disso, a melatonina demonstrou ser eficaz na prevenção e no tratamento de diversas condições associadas ao estresse oxidativo, incluindo doenças cardiovasculares, neurodegenerativas e câncer (Escames et al., 2020; Cardinali et al., 2021).

Em conclusão, a melatonina, além de desempenhar um papel crucial na regulação do sono e vigília, possui propriedades antioxidantes poderosas. Sua capacidade de neutralizar os radicais livres e estimular as enzimas antioxidantes endógenas a torna uma aliada no combate ao estresse oxidativo. Manter níveis adequados de melatonina é essencial para garantir uma proteção eficaz contra danos celulares e o desenvolvimento de doenças crônicas. Portanto, adotar hábitos saudáveis de sono e se necessário, considerar a suplementação de melatonina sob orientação médica, pode contribuir para a promoção da saúde e o bem-estar geral (Hardeland, 2021).


➤ Referências Bibliográficas:

Cardinali, D. P., et al. (2021). Melatonin and Its Analogues in Cardiovascular Diseases: Experimental and Clinical Aspects. Cellular and Molecular Life Sciences, 78(13), 5211-5248.

Escames, G., et al. (2020). Melatonin: A Potential Therapeutic Tool in Neurodegenerative Diseases. Molecular Neurobiology, 57(3), 1841-1856.

Hardeland, R. (2021). Melatonin and Oxidative Stress: A New Therapeutic Perspective? Journal of Endocrinological Investigation, 44(3), 215-229.

Rahman, M. H., et al. (2021). Influence of Melatonin on Oxidative Stress and Aging: A Review. Frontiers in Endocrinology, 12, 619007.

Reiter, R. J., et al. (2016). Melatonin: Clinical Relevance. Best Practice & Research Clinical Endocrinology & Metabolism, 30(2), 123-133.

Silva, B. R. D., et al. (2020). Oxidative Stress, Antioxidant Defense, and Quality of Life: A Review of the Influence of Melatonin Supplementation in Experimental Studies. Journal of Pineal Research, 69(3), e12667.

Tan, D. X., et al. (2020). Melatonin as an Antioxidant: Physiology and Pathology. Journal of Pineal Research, 69(3), e12642.


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