top of page
  • Foto do escritorEquipe

Descubra os tipos de prebióticos e seus efeitos ao paciente

Atualizado: 13 de fev. de 2023



O que você precisa saber sobre prebióticos


Os prebióticos são substratos utilizados seletivamente por microrganismos hospedeiros que conferem um benefício para a saúde, e para selecionar um prebiótico, devemos observar que este não deve ser hidrolisado nem absorvido na parte superior do trato digestório, além de ser seletivo para uma quantidade limitada de microrganismos do cólon e deve alterar a microbiota, tornando-a mais saudável para o hospedeiro. Dessa forma, os prebióticos possuem papel central na manutenção de uma microbiota intestinal saudável, promovendo a proliferação bacteriana, e consequentemente, a indução de modificações da microbiota intestinal, reduzindo as chances de distúrbios metabólicos.


Os prebióticos podem englobar o grupo dos carboidratos oligossacarídeos, e são associadas primeiramente às fibras alimentares. No entanto, nem todas as fibras podem ser classificadas como prebióticas, apesar da maioria dos prebióticos serem classificados como fibras alimentares.


Categorizando os prebióticos


Dentre os carboidratos não digeríveis relatados como os principais prebióticos, temos os polifenóis e ácidos graxos poli-insaturados, com destaque aos frutanos (inulina e frutooligossacarídeos/oligofrutose), que estão associados à proliferação de bactérias ácido-lácticas, os galacto-oligossacarídeos (GOS), que estimulam bifidobactérias, lactobacilos, enterobactérias, bacteroidetes e firmicutes, trans-galacto-oligossacarídeos (TOS), a lactulose, o amido resistente, polidextrose, a pectina e os flavonóides.


Frutanos


Os Frutooligossacarídeos (FOS) e a inulina possuem semelhança química e de propriedades nutricionais, sendo que ambos sofrem fermentação pela ação das bifidobactérias e a única diferença entre eles é o número de unidades individuais de monossacarídeos que compõem a molécula (grau de polimerização).


Os tipos de ligações glicosídicas encontradas a inulina conferem resistência a hidrólise enzimática pelas enzimas digestivas salivares e intestinais dos humanos e as mesmas estimulam o crescimento de bifidobactérias, presentes no cólon, e que possuem por sua vez, efeitos probióticos ao ser humano.


Fontes alimentares de inulina são a chicória, o alho poró, alho e cebola, enquanto as fontes de FOS são banana, cebola, alcachofra, aspargos e tomate.


Galacto-oligossacarídeos (GOS)


Os GOS são oligossacarídeos de cadeia curta, que na forma β-GOS promove o crescimento de bifidobactérias. Os galacto-oligossacarídeos são produtos derivados da hidrólise da lactose e apresentam menor incidência de efeitos adversos como a produção de gases e distensão abdominal, sendo por esse motivo, frequentemente encontrados nas fórmulas infantis e naturalmente presente no leite ou soro do leite.


Amido resistente


O amido resistente (AR) não é digerido (hidrolisado ou absorvido) no intestino delgado, e é parcialmente fermentado por bactérias presentes no cólon, por isso é considerado uma fibra prebiótica. O AR é reconhecido como um tipo de fibra dietética, e apresenta benefícios tanto das fibras solúveis, quanto das fibras insolúveis, além de benefícios únicos.


Entre as fontes alimentares encontramos os grãos integrais, as leguminosas, a banana verde, e alimentos que passam por um processo de cozimento e depois resfriados (batata, pães, flocos de milho, arroz).


Efeitos na saúde


Entre os efeitos positivos relatados na literatura, encontramos que o uso de prebióticos promove melhora na qualidade das fezes (consistência, frequência, viscosidade), aumento do número de bactérias probióticas, diminuição de bactérias patogênicas, produção de ácidos graxos de cadeia curta AGCC, diminuição do PH fecal, melhoras nas respostas imunológicas e proteção contra alergênicos, além de efeitos positivos sobre a resposta insulinêmica. Assim, compreende-se os efeitos positivos, locais e sistêmicos que englobam a ingestão adequada e frequente de prebióticos.


---


Artigo relacionado

Entenda melhor sobre o tema:



Referências bibliográficas

HOLSCHER, Hannah D.. Dietary fiber and prebiotics and the gastrointestinal microbiota. Gut Microbes, [S.L.], v. 8, n. 2, p. 172-184, 6 fev. 2017. Informa UK Limited. http://dx.doi.org/10.1080/19490976.2017.1290756.


BOYAJIAN, Jacqueline Lena; GHEBRETATIOS, Merry; SCHALY, Sabrina; ISLAM, Paromita; PRAKASH, Satya. Microbiome and Human Aging: probiotic and prebiotic potentials in longevity, skin health and cellular senescence. Nutrients, [S.L.], v. 13, n. 12, p. 4550, 18 dez. 2021. MDPI AG. http://dx.doi.org/10.3390/nu13124550.


SANDERS, Mary Ellen; MERENSTEIN, Daniel J.; REID, Gregor; GIBSON, Glenn R.; RASTALL, Robert A.. Probiotics and prebiotics in intestinal health and disease: from biology to the clinic. Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology, [S.L.], v. 16, n. 10, p. 605-616, 11 jul. 2019. Springer Science and Business Media LLC. DOI: https://doi.org/10.1038/s41575-019-0173-3.

444 visualizações0 comentário
bottom of page