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Por que cuidar da barreira intestinal se o paciente deseja emagrecer?

Entenda porque você precisa dar atenção ao seu intestino para um emagrecimento efetivo


Na prática, a barreira intestinal influencia no emagrecimento?


A microbiota intestinal vem sendo alvo de interesse científico a cada dia mais, pois já se identificou que ela é um ecossistema interligado, capaz de cuidar do nosso corpo, à medida que interage com substâncias, vias metabólicas e outros órgãos além do intestino e geram consequências, tanto positivas, como negativas.


Para tratar sobre emagrecimento e microbiota, é importante primeiro estipular o princípio básico deste fenômeno: para emagrecer, é necessário que o corpo oxide gordura e ocorra, consequentemente, a diminuição do tecido adiposo, gerando uma subtração no percentual de gordura corporal. No intestino, há algumas contribuições chaves das bactérias para o emagrecimento, uma vez que elas agem gerando metabólitos, metabolizando antioxidantes que ajudam a prevenir o ganho de peso, influenciam na forma que a gordura da dieta é absorvida e armazenada, agindo com hormônios geradores de saciedade.


Em algumas bactérias gram-negativas, há uma estrutura de lipopolissacarídeos que consegue se ligar a receptores TLR e fazer a sinalização de inflamação tanto no intestino como sistemicamente (quando há um quadro de hiperpermeabilidade intestinal). Esse processo inflamatório causado por bactérias gram-negativas, é chamado de endotoxemia, que gera consequências sistêmicas até mesmo em outros órgãos do organismo, como por exemplo, neuroinflamação, prejuízo das funções do tecido adiposo, fígado, bem como agindo sobre a perda de massa muscular. Quando existe o cenário de intestino muito permeável, ocorre o aumento de toxinas, aumento entre o espaçamento das junções de adesão, que possibilita a passagem dessas toxinas para a corrente sanguínea, caracterizando a endotoxemia. Quando na corrente sanguínea, essas toxinas podem atrapalhar a sinalização de insulina, gerando o quadro de resistência à insulina, e isso pode afetar o processo de emagrecimento.


Além dos fatores trazidos acima, existem diversas outras influências que a barreira intestinal e as bactérias colonizadoras da região exercem sobre o emagrecimento. Portanto, o emagrecimento vai muito além do déficit calórico controlado, sendo necessário também um olhar muito cuidadoso para a microbiota e barreira intestinal e, neste caso, se o indivíduo deseja emagrecer ou cessar o processo de ganho de peso, será necessário atentar-se a ela!


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Referências bibliográficas

Kelly CJ, Colgan SP, Frank DN. Of microbes and meals: the health consequences of dietary endotoxemia. Nutr Clin Pract. 2012 Apr;27(2):215-25. doi: 10.1177/0884533611434934. Epub 2012 Feb 29. PMID: 22378797; PMCID: PMC4046172.


Oliveira A., & Hammes, T. (2016). Microbiota e barreira intestinal: implicações para obesidade. Clinical & Biomedical Research. doi:10.4322/2357-9730.67683

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